Como funcionam as criptomoedas? Artigo completo
O mercado econômico e financeiro foi um dos que mais evoluíram nestas últimas décadas. Sua evolução é consequência direta da revolução tecnológica pela qual passamos e novas possibilidades de realizar transações financeiras são criadas todos os anos. Um dos mais significativos novos formatos de transações atende pelo nome de criptomoedas e tem gerado muita curiosidade desde a sua criação, décadas atrás.
Neste artigo vamos entender tudo que gira no entorno das criptomoedas, desde o seu conceito, a sua origem, as vantagens e desvantagens e a sua importância para o mercado financeiro global. Também daremos dicas para que você consiga investir bem e ter um retorno financeiro.
O que são criptomoedas?
De uma maneira genérica podemos dizer que as criptomoedas são um novo tipo de dinheiro, que reproduz para o mundo digital a relação estabelecida entre as pessoas com o dinheiro físico.
E como isso acontece? Vamos pegar um exemplo simples:
Você tem uma nota de R$10 e vai comprar um salgado na loja da esquina de sua casa. Você entrega a nota física, recebe o salgado, e vai embora. Você acabou de realizar uma transação financeira de pessoa para pessoa, sem intermédio de nenhum órgão regulador e sem a necessidade inclusive de conhecer a outra pessoa e nem os dados de identidade dela.
Esta relação, por ser física, acontece com a limitação espacial.
Ou seja, se você desejar, por exemplo, comprar um produto vendido por uma pessoa em outro estado, então não poderá realizar esta troca direta de dinheiro com o produto. Vai precisar assim realizar uma transação online, através de um cartão ou conta corrente, e com uma instituição financeira intermediando e regulando esta transação.
O que faz então a criptomoeda?
A criptomoeda possibilita essa transação à distância, de pessoa para pessoa, mas sem a interferência de instituições, públicas ou privadas, para regular ou intermediar. Essa é a grande revolução proposta com o surgimento das criptomoedas.
Resumindo:
As criptomoedas são moedas descentralizadas, sem regulação de nenhum governo, e que são criadas a partir de uma rede blockchain que é responsável por armazenar com segurança todos os registros do caminho percorrido por aquela transação.
As criptomoedas geradas pela rede Blockchain possui um valor, que pode ser comercializado em dólar, ou real, e que varia de acordo com o contexto econômico.
Com este valor você pode realizar transações em troca de produtos ou realizar pagamentos diversos, como qualquer outra moeda. Mas sempre sem a interferência de um órgão regulador.
Como surgiram as criptomoedas
A primeira criptomoeda surgiu em 2008, logo após uma profunda crise financeira gerada com a falência do banco do Lehman Brothers que abalou os Estados Unidos e consequentemente o mundo.
A partir de então muitas pessoas, principalmente ligadas à tecnologia, começaram a pensar em formas de realizar transações financeiras sem o intermédio de bancos ou instituições financeiras reguladoras. Era a busca por uma alternativa viável para o dinheiro que era usado até aquele momento.
Em 2009, com condições tecnológicas mais favoráveis, nasce a Bitcoin, a primeira e mais emblemática criptomoeda do mundo. O Bitcoin, usando as palavras de seu criador, Satoshi Nakamoto, é “um novo sistema eletrônico de dinheiro”.
Qual o princípio desta revolução monetária chamada criptomoeda?
As criptomoedas nascem com um grande princípio em vista, que é o da descentralização da moeda, que passa a não ser controlada por órgãos reguladores como bancos ou governos. O controle do sistema é feito pelos próprios usuários, com a ajuda do Blockchain, uma espécie de livro de registro que oferece segurança e transparência ao sistema.
Como funciona o mercado de criptomoedas
Como as criptomoedas são moedas virtuais, logo chegamos a uma primeira conclusão, que é a impossibilidade de realizar transações físicas. Elas existem na internet, sendo impossível você guardar as suas criptomoedas em contas bancárias tradicionais.
O primeiro movimento que você deverá fazer para entrar no mercado de criptomoedas é criar uma carteira. A cotação, a compra e venda acontecem de forma anônima na internet, e toda administração de sua conta se dá a partir de seu computador ou dispositivo móvel, como smartphone.
A partir de então, e sob o registro do Blockchain, você pode realizar diversas transações comerciais via criptomoeda, e realizar compras, trocas e pagamentos, de forma direta com a outra pessoa, sem um órgão que regule e administre esse sistema, gerando mais facilidade, e confiabilidade do sistema.
As transações de compra e venda de criptomoedas acontecem de forma simples, através da internet. No mercado brasileiro, chamado ecoins, uma das principais plataformas de negociação é o Bit2me.
Algumas grandes empresas mundiais, como Wordpress e DELL já aceitam pagamento em criptomoedas, confirmando uma tendência que já era imaginado em meados dos anos 2010: as criptomoedas vieram para ficar.
A mineração no mundo das criptomoedas
Cada transação de criptomoeda precisa de uma autenticação, que dura em média 30 minutos para acontecer. Como não há um regulador central, elas precisam ser registradas, além de validadas uma a uma por um grupo de pessoas, os chamados mineradores, que usam seus computadores para gravá-las no Blockchain, que já vimos por aqui.
Cada nova transação precisa ser validada para confirmar se estas moedas já não foram usadas previamente por outras pessoas. A segurança do sistema depende desta validação.
Os mineradores oferecem toda a capacidade de processamento de seus computadores para dar segurança ao sistema, e em troca recebem novas unidades de criptomoedas.
Desta forma é através da mineração que novas unidades de criptomoedas chegam ao mercado.