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Inteligência artificial: O que é, como funciona, quais seus impactos na atualidade?

O ano é 2141 e a cena descreve uma comunidade de pensadores discutindo se é, não somente, possível, mas sobretudo, ético, um robô possuir emoções humanas. O filme, Inteligência Artificial, é datado de 2001 e foi dirigido por Steven Spielberg, mas é um projeto do cineasta filósofo futurista Stanley Kubrick e aborda uma das questões mais profundas da humanidade e que inevitavelmente teremos que discutir um dia de modo mais claro e aberto.

A questão é: Até onde vai a Inteligência Artificial?  

Podemos observar que no início dos anos 2020, ela traz como consequências, centenas de benefícios à nossa vida, saúde e bem estar, mas também outra centena de efeitos colaterais, como por exemplo as propagandas intrusivas que recebemos em nossos celulares e computadores, resultados da Inteligência Artificial sendo usadas por empresas para lucrarem cada vez mais. 

Nesse artigo iremos aprofundar mais estas questões, definindo o seu conceito, apresentando as suas funções em nossas vidas e sobretudo, refletindo sobre como seu avanço impacta a existência humana, tanto no campo tecnológico, quanto nos campos éticos e sociais.




Entendendo a origem do termo Inteligência Artificial 

Por mais que ainda não estejamos familiarizados com o tema, que ainda se mostra uma novidade, a Inteligência Artificial tem sua origem há muitas décadas, mais precisamente após a segunda guerra mundial. Nesta época de pós-guerra o matemático inglês Alan Turing publicou um artigo chamado "Computing Machinery and Intelligence" e neste texto questionou, através de alguns testes, a capacidade das máquinas de serem inteligentes.

Seu teste, também conhecido como The Imitation Game, ou teste de Turing, visava medir a capacidade de uma máquina apresentar um comportamento inteligente que se equiparasse ao nosso. Para quem desejar entender melhor essa parte do artigo, há um filme chamado O Jogo da Imitação, de 2014, que conta toda esta história.

Já em 1956, anos depois da publicação do artigo de Turing, o professor John McCarthy deu vida ao termo, se referindo a capacidade que as máquinas poderiam possuir para resolverem problemas que antes eram somente solucionados por humanos. 

Alguns anos depois outro termo essencial nesta área de estudo foi introduzido: o Machine Learning, que dá aos computadores a capacidade de aprendizado, bastando assim alimentar um algoritmo com dados, que então o computador teria a capacidade de executar funções de modo automático. Este é um dos primeiros e grandes avanços da AI.

ELIZA, quem é você? 

Para terminar esta pequena cronologia, chegamos a 1964, e com ele a criação do primeiro chatbot, o software ELIZA, uma criação do cientista da computação americano Joseph Weizenbaum no MIT. ELIZA conversava automaticamente usando respostas baseadas em palavras-chave e estrutura semântica e sintática que é utilizada em larga escala no mundo atual.

Afinal, o que é uma Inteligência Artificial? 


A resposta em tese é simples, e se resume na seguinte linha de raciocínio: a AI é uma inteligência idêntica à humana, mas construída a base de ferramentas tecnológicas, e tem como objetivo realizar ações que se fossem feitas por humanos seriam consideradas inteligentes.    

Uma AI tem a capacidade de aprender e decidir, de acordo com uma perspectiva racional, qual caminho seguir em uma determinada ação. Basta que nela estejam inseridos todos os algoritmos e dados necessários para que aquele caminho seja uma opção racional válida.

Assim, uma máquina aprende e executa uma ação, mas não consegue, ainda, refletir sobre a mesma. E é neste ponto que chegamos novamente ao início do artigo, e a cena do filme AI: será que um dia teremos máquinas pensantes, reflexivas, e principalmente, com emoções? Esta é uma tendência e também uma área de estudo de AI que vem como evolução da ANI - Inteligência Artificial Fraca, conceito que já descrevemos em outro artigo.

E como funciona uma AI? 

As AIs funcionam de tal forma que simulam a inteligência humana com perfeição. Ela tem como objetivo conseguir responder a demandas diversas, que vão desde a função de sugerir novos filmes para um usuário de determinado serviço de streaming, até a demanda de ajudar consumidores de uma loja de eletrodomésticos que estão com problemas de pós-venda.

É impossível pensar no nosso cotidiano sem nos esbarrar em formas de inteligência artificial que se externam aos nossos olhos. Podemos vê-la no corretor ortográfico de nossos celulares, nas sugestões de compras que recebemos por e-mail ou por redes sociais. Falando em redes sociais, é incrível como nosso feed de notícias muitas vezes parece feito sob medida para meu gosto. 

Pois bem, ele de fato é feito especialmente para você, através de AI, depois de analisar todas as informações que você sem perceber deixa de rastro na internet.

Dito isto, fica fácil entender que a AI funciona através de:

  • Estruturas utilizadas para processar, dividir, catalogar, organizar e analisar dados através de modelo de dados;
  • Big Data, ou seja, a disponibilização de grandes volumes de dados;
  • E para finalizar a capacidade que o sistema possui de processar as informações para assim escolher a ação mais adequada para se tomar.


A Machine Learning 


A ideia por trás do conceito de Machine learning é literal, ou seja, o aprendizado de máquinas, que significa que ela vai analisar todos os dados de seu sistema e vai aprender a tomar as decisões que casem com as funções que ela foi designada. 

Vamos tomar como exemplo uma AI que capta o clique de um usuário numa página na internet de fraldas de bebês. O sistema vai analisar todo o caminho percorrido pelo usuário, depois vai juntar com todo o banco de dados que ele possui e a partir daí vai tomar a decisão, correta do ponto de vista da sua função, de sugerir uma série de sites, lojas e produtos de bebês para este usuário.

E o que normalmente acontece em casos assim: o usuário acaba consumindo mais produtos do nicho, fazendo o processo de captação de clientes ser bem sucedido, e muito por conta da Inteligência Artificial que detectou, juntou informações, e apresentou sugestões pontuais para aquele potencial cliente.

Assim, a Machine Learning é uma área da AI que afirma a tese de que sistemas aprendem com dados e assim identificam padrões e por consequência conseguem realizar ações e fazer escolhas com mínima intervenção humana.

A Deep Learning 


Deep Learning, ou aprendizado profundo, é um subcampo do aprendizado de máquinas que se utiliza de várias e várias camadas de dados e de conhecimentos para reproduzir com o máximo de fidelidade possível uma rede neural humana, e assim ensinar o computador como entender para depois conseguir prever alguns padrões.

O Deep Learning então é uma área que se inspira na forma como o nosso cérebro absorve informações e aprende, por conta disso ela é vista como uma reprodução do nosso mecanismo de pensar e escolher ações. Podemos concluir que o Deep Learning é o mais próximo que estamos de imitar a inteligência humana em computadores e suas aplicações abrangem diversas áreas, como por exemplo:

  • O reconhecimento de voz
  • O processamento de imagens
  • O processamento de linguagem natural

Leia também:

Inteligência artificial na educação. Quais vantagens no aprendizado?


A Inteligência Artificial no mundo de hoje 

Com o avanço inevitável das tecnologias, é fato que em algum momento chegaremos mais próximos daquela cena descrita no início do artigo, onde as AI já estarão tão evoluídas que mais parecerão sistemas humanos. Esse cenário nos traz uma série de reflexões, que até então somente nós, humanos, podemos fazer.

Qual será o limite das AI na evolução do mundo? A série Battlestar Galáctica acaba oferecendo um desses cenários apocalípticos, mais possíveis. Na trama, temos um contexto onde a tecnologia avançou de tal forma que a inteligência artificial usada pelos humanos ganhou status de forma de vida e consciência própria; porém essa AI acaba se revoltando com seus criadores por acharem que não são valorizados pela raça humana.

Será que, ao avançarmos neste tema, e buscarmos criar máquinas com todas as nossas características, não corremos o risco de sermos ultrapassados por elas?

Há também a questão de qual o limite da Inteligência Artificial. Será que algum dia teremos uma máquina que conseguirá não somente simular, mas de fato sentir emoções humanas? E isso acontecendo, mesmo que em hipótese, qual será a linha que definirá o que é humano e o que é máquina?

A AI surge como meio de melhorar funcionalidades de nossa era, e criar situações de comodidade, facilidades e bem estar para nós, humanos. Quando nos deparamos com um e-mail oferecendo justamente aquele produto que estávamos pensando em comprar, a primeira ação que temos normalmente é clicar na sugestão e muitas vezes comprar tal produto.

O que deixamos de pensar em casos assim é na falta de privacidade e na tênue segurança que temos atualmente com os nossos dados. O caso da empresa inglesa que se utilizou de dados dos usuários do Facebook para conseguir captar o humor dos britânicos e assim oferecer materiais sobre a saída da Inglaterra da União Europeia é uma amostra do que o uso das AI podem trazer de efeito colateral para a nossa sociedade.

Assim, temos um futuro ainda incerto pela frente, mas que vislumbra cenários positivos também, como a possibilidade de Inteligências Artificiais conseguirem encontrar curas para doenças ainda malignas como o câncer.

Fique conosco para mais conteúdos como este, até a próxima!

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