Inteligência artificial na educação: Quais vantagens no aprendizado?
Em 2001 o cineasta Steven Spielberg lançou um dos filmes mais maravilhosos daquela década, IA, Inteligência Artificial, e colocou o tema de vez para a sociedade debater. Nem parece, mas já se passaram 20 anos do filme, e o assunto hoje em dia é visto com um pouco mais de naturalidade, inclusive sendo dividido em subtemas para facilitar a discussão.
Um desses subtemas, de importância crucial, é a Inteligência Artificial na educação. Não, não estamos falando de robôs nas salas de aula ensinando Português ou Matemática, mas sim de um sistema de inteligência que dialoga com toda a estrutura e dinâmica educacionais, criando soluções e facilidades no processo pedagógico.
Neste artigo explicaremos três questões estratégicas para sairmos entendidos do assunto:
1° O que é Inteligência Artificial? Uma introdução ao tema.
2° O que é Inteligência Artificial na educação? Um detalhamento do tema.
3° Quais as vantagens no aprendizado dentro desta estrutura pedagógica? Um aprofundamento do tema.
Vamos lá?
A Inteligência Artificial além dos filmes
O termo, que vem lá da década de 1950, surge a partir do pressuposto de que as ações humanas são tão precisamente descritas que é possível à criação de um sistema de computador que consiga repetir ou simular essas ações.
Ou seja, o objetivo deste campo de pesquisa é criar uma máquina que observe, perceba, decida e delibere, tendo como base uma ação lógica baseada em fatos. Se voltarmos ao filme de Spielberg nós veremos que o grande diferencial de sua proposta foi inserir emoção ao robô (IA), um assunto ainda tabu dentro desta discussão.
Uma Inteligência Artificial está em constante evolução, e precisa sempre de mais e mais dados, ações e variáveis para se aperfeiçoar na arte de aprender e deliberar.
Assim, já podemos antever o sistema de Inteligência Artificial dentro do processo pedagógico, com as mesmas funções de uma IA, mas com especificidades que trazem como objetivo a evolução de toda a estrutura educacional.
E como isso seria feito? Daí surge nosso segundo tópico.
A Inteligência Artificial na educação
Se pensarmos no seu significado literal, podemos afirmar que o grande objetivo da IA na educação é entender através de dados o modus operandi do ensino, e em como isso afeta o estudante na sua capacidade de absorção de conhecimento, de qualidade da aprendizagem, e como se dá este processo de maneira detalhada.
A ideia é esta: se existe uma maneira de entendermos como se dá a produção de aprendizado e a sua recepção por parte dos estudantes, então podemos a todo o momento aperfeiçoar este sistema, corrigindo falhas e potencializando o que dá certo.
E assim surge um segundo objetivo da IA na educação: promover ambientes mais produtivos, inclusivos, personalizados e aperfeiçoados de aprendizagem.
Se um sistema de computador consegue identificar se um aluno adquiriu ou não conhecimento em uma determinada aula, e ainda consegue compreender se o mesmo está feliz, triste, confuso ou tranquilo com esta mesma aula, então a partir desses dados o próprio sistema poderá sugerir mudanças de postura, de dinâmica, e de estratégia pedagógica.
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A máquina substitui o professor?
Este exemplo, que já vem sendo utilizado em escala inicial em escolas, pode num primeiro momento crer que o objetivo da Inteligência Artificial na educação é criar novos professores, e isso não é verdade.
A IA surge para aprimorar a estrutura educacional, produzindo dados (e mais dados) e fazendo uma leitura lógica dos mesmos, para então apresentar aos educadores e gestores da educação tais dados em formas de sugestões de ensino, aprimoramentos de dinâmica, propostas de novas ações pedagógicas e aperfeiçoamento do que já vem dando certo. Esse sistema é chamado de learning analytics.
O professor então poderá usar toda essa base de informação como ferramenta para, aí sim, promover um ambiente escolar mais produtivo, mais saudável, mais inclusivo, transformando-o no norte para o futuro do ensino: incluir, e produzir em um ambiente saudável.
Há ainda a possibilidade de implantarmos sistemas de IA para momentos da estrutura pedagógica em que o professor em tese ?perde tempo?, como chamadas, ou as organizações de cargas horárias. Nesse sentido, a Inteligência Artificial de fato substitui o trabalho do professor, mas por uma razão razoável:
- Proporcionar mais tempo para que o professor acompanhe mais individualmente seus estudantes.
Então estamos diante de uma revolução na educação?
Antes de responder, podemos introduzir nossa terceira questão:
Quais as vantagens no aprendizado dentro desta estrutura pedagógica?
Pensando em todas as vertentes, podemos dizer que estamos diante de uma revolução que se encontra em fase inicial no processo educacional, e apresenta tendências para os próximos anos e décadas.
Essa revolução é positiva e produtiva em diversos aspectos. Confira algumas:
Otimização de tempo
Sabemos que professores gastam grande parte do tempo em atividades que poderiam ser facilmente automatizadas. Citamos aqui as chamadas, organização de carga horária, planejamento de aulas e avaliações.
Assim, As IA poderão programar sistemas inteligentes que não somente realizem trabalhos menos densos como chamadas, como também personalizem o planejamento de aulas para ganhar produtividade, engajamento e respostas positivas dos estudantes.